Aparelho deve chegar logo ao Brasil e ser mais uma opção terapêutica minimamente invasiva.
No dia 27 de setembro estive em Firenze, na Itália, para um Workshop sobre uma técnica inovadora no tratamento da Hiperplasia Prostática Benigna (HPB). Trata-se da ablação transperineal a laser por meio do aparelho EchoLaser® TPLA™. A expectativa é que este equipamento chegue ao Brasil em breve e amplie nossas opções terapêuticas no controle do aumento da próstata.
Como é esta técnica?
Explicando de maneira simples, uma “agulha” entra na próstata através do períneo e pulveriza a próstata. Assim, o laser consegue reduzir progressivamente o tamanho da próstata, o que faz os sintomas da HPB desaparecerem. O procedimento não fere a uretra, é feito com anestesia local ou sedação e não requer internação. Portanto, o pós-operatório é muito bom. Na Itália, eu participei de treinamento com o aparelho na sede da Elesta e também participei de cirurgias ao vivo na Universidade Carrige. Fiquei extremamente animado com o que presenciei!
Todo paciente pode operar com este novo aparelho?
Sempre precisamos avaliar o paciente de forma individual e escolher o melhor tratamento para cada caso. A ablação transperineal a laser é um método que entra para o arsenal das técnicas minimamente invasivas de cirurgia da próstata. Isso quer dizer que existem outras formas de tratar que também têm ótimos resultados e a decisão por qual método utilizar deve ser conjunta com seu médico.
Então, quais são as opções de tratamento da Hiperplasia Prostática Benigna?
Como mencionei, o urologista avaliará cada caso individualmente de acordo com as caraterísticas da próstata, sintomas e expectativa do paciente. Atualmente, temos as seguintes opções:
1. Monitoramento ativo (vigilância)
Se os sintomas forem leves e não interferirem muito na vida cotidiana, o médico pode recomendar apenas o acompanhamento regular, sem intervenção imediata.
2. Medicação
Existem medicamentos que relaxam os músculos da próstata e bexiga, facilitando a micção. Outros reduzem o tamanho da próstata.
3. Tratamentos minimamente invasivos
Para casos moderados a graves ou quando os medicamentos não são eficazes, podem ser indicados procedimentos menos invasivos:
- Terapia com calor (termoterapia): Usa microondas ou radiofrequência para destruir o excesso de tecido da próstata. Ex: terapia transuretral por micro-ondas (TUMT).
- Ressecção transuretral da próstata (RTUP): Um instrumento é inserido pela uretra para remover parte da próstata.
- Vaporização transuretral da próstata (VTUP): Usa laser ou eletricidade para vaporizar tecido prostático.
- Urolift: Procedimento que envolve o uso de implantes para afastar o tecido prostático que obstrui o fluxo urinário.
- Ablação com água a vapor (Rezum): Usa vapor para destruir o tecido prostático.
4. Cirurgia
Para casos mais graves, especialmente quando há complicações, pode ser necessária cirurgia:
- Prostatectomia aberta ou laparoscópica: Retirada da parte interna da próstata, indicada quando a glândula é muito grande.
- Enucleação prostática a laser (HoLEP): Remove grandes partes do tecido prostático usando laser, com menos riscos de sangramento.
- Cirurgia robótica: Essa tecnologia permite uma visão em alta definição em 3D, além de instrumentos pequenos e flexíveis. Por isso, conseguimos chegar a áreas profundas de forma muito controlada e segura.
Sobre a Hiperplasia Prostátia Benigna
A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) é um aumento da próstata que não tem nada a ver com câncer. Esse crescimento se inicia por volta dos 40 anos de idade e está associado ao envelhecimento, podendo atingir até 90% dos homens com mais de 80 anos. A hiperplasia não oferece riscos sérios, mas afeta e muito a qualidade de vida do idoso, pois provoca dificuldades para urinar e dor. Para saber mais sobre isso, veja o artigo completo sobre este tema (clique aqui).
Espero em breve poder contar com o EchoLaser TPLA em Bauru e todo estado de São Paulo. Sem dúvida, é um recurso importante, com resultados promissores.
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