A saúde sexual interfere no bem-estar geral do indivíduo e tem sido afetada também pela pandemia. Além de dificultar os encontros para quem não tem um(a) parceiro(a) fixo(a), a pandemia aumentou a ansiedade das pessoas. A necessidade de ficar mais tempo em casa reduziu nossa prática de esportes. Notamos também o aumento do consumo de álcool e ganho de peso. Tudo isso pode atrapalhar a saúde sexual.
No homem, ejaculação precoce ou dificuldades de ereção têm sido cada vez mais comuns. Mas isso tem tratamento! Fatores biológicos e psicológicos devem ser observados. Existem drogas que, devidamente indicadas, também favorecem o tratamento. Em casos específicos de disfunção erétil, há ainda a possibilidade de colocação de próteses penianas, um procedimento que devolve a qualidade nas relações sexuais do homem e pode ser realizado em nível ambulatorial (inclusive a Clínica Integra conta com centro cirúrgico devidamente equipado para realização deste procedimento).
Entre os jovens, observamos que a sexualidade tem sido ainda mais afetada pela pandemia: muitos tiveram que voltar para a casa dos pais com a interrupção das faculdades, e não encontram no lar um espaço aberto.
Como já comentei em outro artigo, estou coordenando uma pesquisa no curso de Medicina da FOB-USP (Bauru), ao lado dos professores Alessandra Mazzo, Rodrigo Cardoso de Oliveira e Ana Claudia Bortolozzi, que trata do assunto. O projeto “Sexualidade e Isolamento Social” tem o objetivo de identificar aspectos relacionados à vivência sexual durante a pandemia e responder às questões e dúvidas do público.
Os alunos Caíque Mendes e Brenon Nogueira, do curso de Medicina, são meus orientandos. Eles têm trabalhado ativamente na construção do conteúdo informativo, com posts baseados em quatro temáticas principais: sexualidade em casa, Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), práticas sexuais e saúde mental, todos contextualizados pelo momento do isolamento social. A escolha das publicações, inicialmente, vem de pequenas revisões bibliográficas feitas pelos próprios alunos do projeto. Depois, pretendemos coletar as dúvidas do público, feitas pelas redes sociais e em rodas de conversas entre alunos da medicina (USP) e da psicologia (Unesp).
No eixo de saúde mental, os alunos devem observar os padrões de sofrimento e/ou alívio psíquico consequentes da vivência da própria sexualidade durante o isolamento social. Já no eixo das ISTs, a existência de aumento e/ou redução do índice de novas infecções e as dificuldades e facilidades de tratamento no período serão investigados. Quanto às práticas sexuais, buscamos rastrear possíveis mudanças na vivência sexual, como aumento do uso de chamadas de vídeos ou envio de fotos, por exemplo, bem como a relação da população com o cumprimento ou descumprimento do isolamento em busca de sexo. Por último, o eixo “Sexualidade em Casa” busca encontrar as dificuldades e facilidades dos estudantes em viver sua plena sexualidade e liberdade sexual em domicílios compartilhados, como repúblicas, e em suas casas familiares.
Seja jovem ou adulto, casado ou solteiro… precisamos ter consciência de que a sexualidade faz parte da nossa saúde geral, sem preconceitos. Portanto, no caso dos homens, procurar um urologista quando têm alguma dificuldade não é demérito de ninguém, pelo contrário. O verdadeiro homem é aquele que se cuida! Cuide da sua saúde como um todo!
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